domingo, 18 de maio de 2008

A paixão em estádio de futebol


Hoje acordei com a ansiedade nas alturas. Vou ver o meu time jogar pela primeira vez. E vai ser logo em casa, no Morumbi. Oitavas-de-final da libertadores. São Paulo (BRA) contra o Nacional (URU). O um a zero nos dava a vitória e a chance de disputar as quartas-de-final.

Fui ao estádio na companhia de amigos acostumados a assistir aos jogos do São Paulo. Chegamos no Morumbi três horas antes do jogo começar e já partimos para a festa. Quando entrei no estádio, senti um arrepio. Um lugar imenso, o gramado lindo, arquibancada toda nas cores do time. Arquibancada que já estava bem cheia. Para mim era tudo novo. Cantar abraçado com gente que eu nunca tinha visto, abraçar na hora do gol, compartilhando da mesma felicidade . Tudo era muito surreal.

Quando o time entra em campo, a torcida começa a se manifestar, incentivando-o. Fogos são estourados, luzes nas cores do time são acesas, gritos ensurdecedores e muita alegria estampada no olhar e nos gestos de todos nós, torcedores apaixonados. Desde o momento que pisei no Morumbi, não parei de ficar emocionada. Arrepios, então, perdi a conta. Estar naquele lugar é como uma terapia. Você esquece os problemas, esquece da aula da faculdade no outro dia de manhã ou da reunião super-importante que terá na empresa às 8 horas. Nada disso era lembrado, enquanto aquela vibração tomava conta de mim.

Ensaiamos o grito de gol várias vezes até ele sair. O Imperador, Adriano, acerta a pontaria lá pelos 35 minutos do primeiro tempo. Uma loucura. Vendo pela televisão, não imaginei que pudesse ser tão intenso. No momento do gol, abracei uma pessoa que nunca tinha visto, cantei, comemorei, assoviei e gritei junto com a torcida. Gritei o nome do jogador que marcou o gol e cantei as músicas de comemoração.

Alguns minutos depois, Rogério Ceni, o goleiro e ídolo da torcida, bate uma falta. Por muito pouco, não acerta a pontaria. Mãos vão à cabeça e gritos de " Uhhhhhhh" tomam conta do estádio. O Nacional não fazia gol e a classificação estava na nossa mão, bastava segurar o resultado. Quando achamos que não haveria mais gol, veio a surpresa. Aos 43 minutos do segundo tempo, Dagoberto marca mais um gol para nós. Nem precisa falar que o Morumbi explodiu. Classificação garantida. Agora é só esperar o próximo jogo contra o fluminese, pelas quartas-de-finale, de novo, estarei no estádio. É o meu novo vício.

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